Ouvindo as dicas de originalidade do Bob Marley, decidi começar hoje a deixar expressa por aqui um pouco da minha opinião sobre assuntos gerais, diversos e um tanto quanto sem importância. De antemão, aviso que não tenho grandes pretensões ao postar este tipo de texto. O fato é que em alguns momentos tenho vontade de falar (ou gritar) algumas opiniões que me cutucam o cérebro e que na maioria das vezes seguem me cutucando por dias (meses), e penso que não há problema algum em utilizar um espaço - meu - para despejar tudo isso. Um beijo às pessoas todas e vamos lá.
Nos últimos anos me descobri fascinada por uma atividade simples: observar pessoas. Funciona daquele velho jeito: sento, olho e escuto, tudo em silêncio. Claro que tudo isso depende da situação. Na maior parte das vezes (muitas ao dia) acabo observando estranhos no trem e nos ônibus que pego. Geralmente observo com a maior discrição possível e é claro que o que primeiro me salta aos olhos é o vestuário. É importante ressaltar que não há julgamento de valor durante a observação, eu somente faço um papel de olho (que vê e absorve).
Observar o ser humano é, sem dúvidas, muito interessante. Dá motivos para ser ou não ser; dá diariamente a chance de aprender e saber muito sobre o que é a vida; enche de esclarecimentos (morais, estéticos, etc). Com o tempo o observador pode se tornar um especialista em comportamento. Além de obter um senso hábil na interpretação de humanos (sejam lá quais forem os interesses durante uma observação), aprende a identificar os tipos de pessoas antes mesmo que elas mostrem algo que (pimba!), as entregue.
Logicamente, estou ciente de que do mesmo modo que observo, sou observada. A maioria das pessoas gosta disso, mesmo sem enxergar a importância dessa simples atividade. E assim como meus olhos e ouvidos passeiam em silêncio sobre a existência de outros seres, minha mente passeia atenta sobre as análises mais inconscientes, constrói significados, opiniões e teses sobre isso e aquilo. Difícil ser completamente democrático. Mais difícil ainda ignorar o que, naturalmente e intimamente, não lhe é correto ou aceitável. A maioria dos seres humanos carrega a imensa dificuldade de aceitar o outro como sendo outro e livre. Por quê? Me questiono sobre essa dureza natural todos os dias. Será que a beleza da diferença e da diversidade não consegue se mostrar?
Já ouvi pessoas falando sobre a vergonha que sentem e os julgamentos que fazem quando encontram uma pessoa que se veste “assim ou assado”, pessoas de outro grupo, estado, crença, etc: tudo pelo fator “diferença” ou, ainda pior, por se sentirem superiores e dotados do “poder” de envergonhar-se pela atitude comportamental de outro ser humano. Felizmente, ninguém, em lugar algum, tem esse tipo de poder inútil. A verdade é que essa tentativa de superioridade é um disfarce para uma profunda falta de humanidade, falso moralismo e visão limitada. Fico assustada quando durante minhas observações, me deparo com pessoas tão cheias deste disfarce.
Infelizmente o observador pode ter somente duas atitudes diante de situações assim: vira um “monstro” e acaba misturando tudo (raiva, opinião e discordância), ou continua na segurança do silêncio, apenas vendo e ouvindo, sem precisar expor suas opiniões mais profundas. Sempre acabo ficando com a segunda opção, mas não acho que seja totalmente correto.
Viva as diferenças;
Viva a cultura popular;
Viva a novela das nove;
Viva as artes;
Viva a possibilidade de ser e não ser o que se quiser!
Vamos nos respeitar minha gente!
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História por trás da peça
